quarta-feira, 18 de abril de 2012

Trabalho alienado

Certo dia, conversando com meu pai, ele me contou sobre sua teoria de trabalho, que é a seguinte: "trabalhar é vender seu tempo de lazer", o que me fez refletir e perceber que nós, seres humanos, estamos cada vez mais ambiciosos.
As crianças do século XXI, já nascem com o pensamento de ter a profissão que gera mais dinheiro, não só as crianças dessa geração, mas também da minha, meus amigos, pessoas da minha idade. É claro que ninguém quer passar fome, queremos uma vida confortável como qualquer pessoa, a questão é: Até que ponto abrimos mão de exercer o que gostamos para ganhar mais dinheiro? Ser bem sucedido trabalhando em algo que não gostamos vale a pena? Seremos felizes?

"A alienação afeta milhões de trabalhadores nas sociedades contemporâneas, onde a produção econômica tarnsformou-se no objetivo imposto as pessoas, em vez do ser humano ser o objetivo da produção. Esse processo acentuou-se no século XIX, quando o trabalho na maioria das indústrias tornou-se cada vez mais rotineiro, automatizado e especializado, subdividindo-se em múltiplas operações."

"Ao executar a rotina do trabalho alienado, o trabalhador se submete a um sistema de exploração que, em grande parte, não lhe permite desfrutar financeiramente dos benefícios de sua própria atividade."

- Essa foi algumas respostas que meu livro de filosofia me deu. E para mim, isso não se encaixa quando temos amor à profissão, certamente, não seria exploração e sim trabalho. -

                                                   Mais-valia

"Atingido pela alienação, o ser humano perde contato com seu eu genuíno, com sua individualidade. Tranformado em mercadoria, sente-se como uma "coisa" que precisa alcançar sucesso no "mercado de personalidades": sucesso financeiro, profissiotnal, intelectual, social, sexual, político, esportivo etc. O tipo de sucesso perseguido depende do mercado em que a pessoa quer "vender" sua personalidade"

                                                          Chico Buarque - Construção


Reflitam.


Ana Carolina

5 comentários:

  1. Muito boa a forma como você falou sobre o trabalho. Muita gente tem como objetivo de vida, ser rico. E para conseguirem isso jogam fora até mesmo a felicidade ou prazer em executar alguma tarefa.. Fazer o que né.
    Gabriela aqui ;)

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  2. Cara.. o problema todo é quem dá mais valor ao dinheiro, do que ao que realmente importa. Tem gente que é mais feliz tendo dinheiro fazendo algo que não gosta, do que tendo menos dinheiro fazendo algo que ama! nós nunca trabalhamos pra saber o real valor de trabalhar e ser remunerado. enfim..
    may aqui

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  3. Bom, pode até ter pessoas "gananciosas" que pensam assim, mas, nesse post, eu dei o MEU ponto de vista, afinal, eu não seria feliz sendo médica, engenheira eletricista nem nada desse tipo. Vai de cada um. Cabe cada pessoa olhar para si, seus desejos e escolher? Até que ponto vale a pena? Se o dinheiro que vc ganhar e gastar no final de semana te fizer mais feliz que o trabalho no dia a dia, daí é contigo mesmo.
    Carol

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  4. Eu concordo com a May e também concordo com a Carol. Porque já vi depoimentos de médicos que deixavam suas famílias, vida social (muito menos!), para ficar de plantão em hospitais por pensar: no momento que eu estou aqui me divertindo, alguém pode estar morrendo por eu não estar lá para salvar. Coisas do tipo, sabe?
    Aí entra uma questão muito subentendida:
    Trabalho = Esforço
    Esforço = Dinheiro
    Dinheiro = Poder
    Poder = Status
    Status = Poder
    Poder = Quem não quer?

    O trabalho acaba se tornando, para alguns, uma forma de se sentir bem consigo mesmo. Repetindo, para alguns.

    :)

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  5. eu repeti status = poder, poder = status.
    dane-se, eu tinha que errar em algo pra vcs saberem que sou eu auhauehauehaue

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